sexta-feira, 23 de março de 2012

SUGESTÕES DE PLANEJAMENTO

Sugestões de encaminhamento do Planejamento no Programa Correção de Fluxo na disciplina de Língua Portuguesa

(Baseada nas orientações do Prof. Dr. Isaac Ferreira- Adaptada pela Profª Maria Rainilde Elias Gomes)

LEITURA: alguns aspectos teóricos

Leitura corresponde a um processo constituído de quatro momentos indissociáveis e absolutamente articulados, mas que, para efeitos de compreensão pedagógica, aparecem, aqui, separados:

1- Decodificação: instante da leitura em voz alta ou mesmo silenciosa em que o leitor fixa o olhar no texto escrito e, através da visão, encaminha para o cérebro os sinais gráficos, decodificando-os (letras e demais sinais gráficos que compõem o sistema escrito) em sinais acústicos (fonemas/sons da fala).

2- Compreensão: instante em que, decodificada cada palavra, o leitor atribui significados que estão no plano da memória semântica (memória dos significados).

3- Interpretação: instante em que o leitor articula o significado a sua representação de mundo e produz um sentido (contextual) ao texto como um todo.

4- Apropriação e/ ou expansão de conhecimento (conceitos): instante em que o leitor, vencidas as etapas anteriores, internaliza, ou seja, se apropria de um conhecimento com o qual lidou no plano externo (interpsicológico).

ESCRITA: alguns aspectos teóricos

Leitura e produção escrita se fundem no processo escolar de ensino-aprendizagem dessas habilidades. Considera-se, para o processo de produção escrita, três momentos:

1- Momento da Pré-textualização. Nesta etapa da textualização, o professor discute com a criança ou adolescente o que foi lido a respeito do tema para a produção escrita e entram em jogo indagações como :

a) como será a produção (a configuração do texto em virtude do gênero textual e do suporte (portador de texto));

b) para quem se destina a produção(destinatário) e;

c) como será divulgada (publicada – lembrando que toda a produção textual escrita na escola deve “ser dada”(dirigida) a um leitor real, seja ele ou não da instância escolar).

2- Momento da Textualização. Nesse instante a criança ou o adolescente escreve (produz) o texto. Após a escrita de uma primeira versão, volta-se à produção, para “apreciá-la” na condição de leitor e, então, realizar os ajustes necessários sob mediação do professor e/ ou de sujeitos mais experientes na sala de aula. Serão produzidas tantas versões quantas forem necessárias para que se considere o texto como “pronto”, isto é, dado à publicação.

Observa-se o plano da “superfície textual”, ou seja, elementos da materialidade lingüística (coesão) e, também, da estrutura global e discursiva (estrutura profunda/ideológica) que possibilitam a coerência.

3- Momento da Divulgação, quando professor e produtor do texto preocupam-se com o evento sócio-comunicativo, para divulgação da produção escrita. Estão em jogo, aqui, o portador do texto (como e em que material será publicado), o local da publicação, o planejamento do evento, dentre outras questões pertinentes a um momento de divulgação de um trabalho escrito.

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